
Quando o nosso corpo morre, automaticamente o nosso espírito desliga-se de nossa matéria; esse acontecimento é mais raro, somente acontece com os raros espíritos muito evoluídos. Caso contrario, são equipes medicas que vêm fazer a separação do espírito e corpo, podendo ser completa ou quase completa os cortes de fios de ligações de almas e corpos. Depende do merecimento de cada ser.
Nem sempre existe um desligamento total e completo. Existem situações onde o espírito não consegue se desprender de tantos fios de ligações, do espírito com o corpo, em que viveu. Isso tudo causa grandes complicações e perda de tempo, além do desgaste e desequilíbrio espiritual.
Esses fios, ligados ainda na matéria, atrapalham o nosso andamento no caminho de seguir a nossa independência, de ser espiritual. Fica um bloqueio, às vezes dificultando a nossa liberdade, a nova vida no mundo dos espíritos.
Através desses ligamentos, vamos vivendo, sentindo as dores, os tormentos como se estivéssemos na matéria. Isso causa um prejuízo a todos nós se o desencarne acontecer dessa maneira. O que os parentes, amigos e estranhos transmitem ao ver nosso corpo físico, dado como morto, através dos homens terrenos, nas leis de Deus ainda vivo (estando preso ainda na matéria por algum ou alguns raros fios sutis) e sentindo os diversos sentimentos de quem está na matéria, transmitem a nós os sentimentos deles, de perda, dores, sentimentos de vingança e outros sentimentos.
Até hoje não está satisfatório, morrer e passar os momentos preparatórios para liberar um corpo ou mais corpos para um velório. Enterro e após enterro do corpo. Vocês nem imaginam a dor e o que os sentimentos invigilantes podem causar. Desde uma variação de dores trazida de vários sentimentos até sentir-se constrangido na morte do corpo físico, às vezes o espírito passa por tudo isso.
As reclamações, as lamentações dos parentes e amigos dos mortos fazem mal não somente a eles mesmos, como aos que se encontram já quase completamente desligados do corpo físico. A dor que cada um sente, conforme o sentimento, a lembrança, que o parente lembra, as atitudes, os erros e acertos do ser que pensam estar morto, faz com que esse ser entre na mesma dor ou alegria confusa entre querer participar e não poder comunicar-se mais.
Não é bom e nem é de direito, pessoas ligadas ao ser que acabou de morrer ou desencarnar, ficar relembrando e reclamando as passagens da vida do ser que acaba de falecer.
A perturbação é algo que somente atrasa e atrapalha o andamento do desenlace fúnebre. É importante que possamos unir a Deus e Jesus Cristo, Mãe Maria e aos nossos grandes Mestres pedindo a força, fé renovada a todos nós e ao nosso querido amigo, irmão e parente que acaba de partir para o mundo dos espíritos.
Os médicos terrenos dão o corpo sem a vida e registra-se o óbito. Mas e o espírito, a energia, quem vai dar o óbito? Estará desligado do corpo, ou estará ainda com alguns tenuíssimos fios de vida, como cordão umbilical, sem ser cortado todos e sentindo a dor, energia e vibração dos que se dizem vivos na matéria. Como fica tudo isso? Nem todos são cortados de uma só vez, todos os fios sutis de ligações com o corpo e sua consciência. Ele poderá estar incluso em algum artigo ou lei, que não tem o direito de ser libertado completamente. Poderá estar cumprindo uma pena de prisão semilivre, mas não completamente livre do corpo físico e o perispírito, por mais um pequeno tempo ou mais, de que um pequeno tempo, depende do que ele fez, praticou em vida física. Não é somente porque morreu, que ele virou santo de um dia para outro ou pior, de uma hora para outra.
O que praticamos de bom ou mau, vamos responder em vida ou em morte (outro tipo e estágios de vidas). O que fomos em vida, entramos na morte levando as nossas características, boas ou más. Somos o que fomos em vida física material, e vamos nos conhecer enquanto estamos na própria vida material, refletindo no que já fizemos, estamos fazendo ou não fizemos e nem estamos fazendo, a nós mesmos e ao próximo. Somente assim saberemos o que vai ser de nós e do próximo após morte física.
Médium: Izildinha Fontenelle