Você pode se apegar à auto-imagem de diversas maneiras: competindo, sentindo-se culpado, envaidecendo-se ou buscando a inércia. Essas atitudes podem se estabelecer em seus pensamentos, idéias, ideais, sentimentos e ações. Você pode ficar atento a esses malfeitores e combate-los, não cultivando, impedindo que tomem conta de você. A melhor maneira de combatê-los é amar a sua vida, estar envolvido com ela, gostando dela.

Você pergunta “como vou fazer isso”? É difícil. É difícil encontrar o seu amor quando tudo em sua sociedade o conduziu para perdê-lo ou não cultivá-lo e para se comprometer com aqueles impostores, principalmente a competição. Você foi encorajado a todo momento, por todas as instituições pelas quais passou, a se comprometer, não com Você, com seu amor, mas com as metas estabelecidas por elas. Você foi incentivado e encorajado a se sair bem aos olhos de quem detém o poder, a produzir e a conquistar cada vez mais, sob o pretexto de que isso daria sentido à vida. E foi pouco orientado para se ouvir, se respeitar e descobrir seu verdadeiro sentido de vida. Isso mesmo. Você foi condicionado. Condicionado a vencer e a conquistar, e só se valorizar ou se respeitar nas situações de sucesso.

Maldita escola, maldita família, maldita religião. Comprometeram-se com metas e ideais falsos e corrompidos e se esqueceram de você. Esqueceram-se de sua vida, sua essência, seu amor, sua alma.

Abraços, Amanhã tem mais.
Jerê.
13.4.93.